terça-feira, dezembro 15, 2009

Sempre a escrita

Quando com frequência me auto anulo, abandonando-me passiva e abnegadamente à vida, em especial se com prejuízo da minha pró activa e interessada entrega à vida, sentindo objectiva necessidade de cultivar esta ultima e mas deixando de o fazer por insegurança, por carência de auto confiança, em ultima instância de auto estima e de amor próprio, para me (auto) assumir e se tanto quanto possível impor perante o exterior. O que por subsequente exemplo me faz sentir necessidade de escrever coisas como:

_ Da vida não espero mais que a própria morte. De mim não espero mais do que subsistir esforçada e sofrivelmente até á morte.

Sou um condenado sem fé, nem esperança, desde logo e acima de tudo em mim mesmo!…

Sendo o imediatamente anterior a transcrição de algo que senti e respectivamente manuscrevi numa recente manhã de autentica desilusão comigo mesmo, em que me estava a auto abandonar á mais imediata e sofrível necessidade de subsistência básica, em directo prejuízo de me entregar á minha mais profunda e satisfatória necessidade de vida plena, no caso em questão objectiva necessidade de escrever algo em concreto.

De entre o que escrever as minhas desilusões ou ambiguidades próprias, ajuda-me a sobreviver ás mesmas, não só básica, imediata e elementarmente, como até pró positiva, vital e satisfatoriamente; pelo menos desde que não me faltem recursos (espaço, tempo, disponibilidade e forças) para tal, acabarei sempre por me reencontrar duma ou doutra forma, um pouco mais ou menos à frente, desde logo duma forma escrita, inclusive em sequência do que, como e porque possa ter deixado de escrever, com tudo o que me trás á escrita e que da escrita deriva para com e sobre mim!...

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