terça-feira, dezembro 29, 2009

Inevitável!

Na dimensão sociocultural em que nasci e cresci, ser criança à imagem e semelhança de ser mulher equivalia a ser nada, a ser ninguém.

Levando a coisa ilustrativamente ao extremo, por exemplo: um homem (macho) adulto podia fazer mil coisas num dia e mas só uma das mesmas sair bem. Esta ultima seria valorizada como mérito próprio, já as novecentas e noventa e nove restantes e mal sucedidas, por norma seriam assumidas como culpa de deus(es), de diabos, de feiticeiras, do próximo, duma hierarquia subalterna ou entidade externa, etc., etc., etc., mas jamais como culpa ou positiva carência (masculina e adulta) própria. E quando a culpa ou a deficiência própria era(m) necessária ou inevitavelmente assumida(s), isso era também (auto) valorizado como um mérito (masculino/adulto) próprio.

Já e pela inversa, uma mulher (fêmea) podia fazer equitativas mil coisas num só dia _ que de resto e em regra o género feminino tem de facto a particular capacidade inata ou cultural de se desdobrar em “mil coisas” ao mesmo tempo _ e se dessas mesmas mil coisas, respectivamente novecentas e noventa e nove saíssem bem e só uma restante não saí-se ou saí-se mal. Por norma só a que saí-se mal era socioculturalmente valorizada como que da feminilidade não se esperando mais ou melhor do que falhanço próprio, a partir do que tudo o mais era ignorado, desvalorizado ou relativizado, desde logo enquanto mérito feminino próprio _ aquém e além da "superior" tutela, supervisão e/ou imposição masculina.

Algo equivalente se passava entre o mundo adulto e o mundo infanto-juvenil, na circunstancia com o mundo adulto (masculino e feminino) a equivaler-se à atrás descrita “superioridade” masculina e o mundo infanto-juvenil (masculino e feminino) a equivaler-se à também atrás descrita “inferioridade” feminina. A partir do que digo eu, seria muito difícil ou mesmo inevitável nascer e crescer como criança e juvenil num contexto sociocultural assim, sem se render ao mesmo ou pela inversa sem entrar em conflito com o mesmo e/ou de entre meio caindo em profunda ambiguidade existencial própria. Neste ultimo caso em especial ao nível masculino, que enquanto infanto-juvenil devia mais do que positivo respeito, mesmo incondicional obediência ao mundo adulto, incluindo à feminilidade adulta, enquanto feminilidade a quem masculinamente mais tarde teria de se impor incondicional e/ou pior se (es)forçada e artificialmente, não raro com base na razão da força!

(Por mim e independentemente da sequencial ordem ou até da alternância entre factores, confesso que toquei parcialmente a rendição, o conflito e acima de tudo a ambiguidade, também por isso escrevo pró vital, sanitária e subsistentemente).

Enfim a provar estas rendições, conflitos ou ambiguidades ao genérico nível sociocultural, está o passado de uniões inter e/ou heterossexuais eternamente mantidas, em regra por artificial força sociocultural machista/paternalista, em grande parte dos casos saberá Deus e os próprios envolvidos em que condições (ir)relacionais. Pela inversa estão de há muito a esta parte e parece que circunstancialmente cada vez mais as disfunções, as desagregações e/ou as incompatibilidades inter e heterossexuais, desde logo de médio-longo prazo e acima de tudo como base de estabilidade do alicerce familiar de todos e de cada qual, em dita liberdade individual e de efectiva ou suposta igualdade de géneros. Que espero, desejo e necessito tudo como global e sequencial processo evolutivo humano, com ressalva das devidas excepções, para uma dimensão sociocultural de verdadeira igualdade de direitos vitais ou universais entre indivíduos, entre géneros sexuais, entre estatutos socioculturais, etc., desde logo com efectivo reconhecimento e respeito pelas incontornáveis, desejáveis, necessárias e naturais diferenças entre todos e cada qual!

Caso contrário, com respectiva e equitativa ressalva das sempre devidas excepções, creio que estamos humanamente condenados a um eterno desencontro connosco mesmos, com o próximo, com o diverso, no fundo com a própria vida universal, enquanto tal.

Nota: Posso estar parcial ou _ creio que não _ absolutamente errado na minha inerente analogia e/ou ao menos na forma como expresso, desenvolvo e exponho a mesma; mas apesar de ou até pelo que não só gosto, como mesmo necessito e em parte não posso, nem quero evitar este tipo de ensaios pró racionais, intelectuais e no caso literários.

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Existência enviesada

Quando numa qualquer sequência existencial, algum dia deixei de acreditar positiva, coerente ou absolutamente no que e em quem quer que fosse, a começar e terminar em e por mim mesmo, por circunstancial/providencial inerência comecei a acreditar no meu próprio descrédito no que e em quem quer que seja.

De entre o que ter deixado de acreditar na própria vida, por inerência me levou a acreditar essencialmente na morte. A partir do que tomando a morte como o ou um mal em si mesmo, pelo menos relativamente ao reflexo impulso da vida, que inclusive por si só me permitiu acreditar na morte, respectivamente tudo o que não fosse ou seja morrer, mesmo que não passa-se ou passe de esforçada e sofrível sub ou sobre vida, já seria e è positiva, vital, absoluta ou subsistentemente muito bom!...

domingo, dezembro 27, 2009

A forma

Não tenho fé, nem esperança no futuro. Para mim o futuro não existe ou é um simples buraco negro. Exigindo-me viver o presente momento de forma o mais activa, interessada ou apaixonada e intensa possível. O que no entanto me exige fé e esprança em mim mesmo e no meio envolvente, que eu tão pouco possuo de facto. A partir do que resta-me existir de forma esforçada, sofrível, resiliente e/ou rudimentarmente subsistente.
Global e contextual sequência de entre e para com o que nomeadamente nasce, cresce, vive e se sustenta esta minha pró vital, sanitária ou subsistente necessidade de escrever. O que ao menos a mim próprio, enquanto sequência do passado, efectiva execução no presente e projecção de futuro, se me auto afigura como uma forma de fé, de esperança, de confiança, de futuro e/ou de vida em e por si só!...

sábado, dezembro 26, 2009

Partilha!

Não recordo se deixei de confiar primeiro no exterior ou se em mim mesmo, creio que foi no exterior, mas logo de seguida sinto que foi em mim mesmo e vice-versa num eterno ciclo vicioso, pelo que o melhor è deixar a dúvida no ar!? Até porque nem importa agora contextualmente muito a sequência cronológica de meu dito global descrédito em tudo e em todos, a começar e terminar em e por mim mesmo. O facto é que algum dia ou numa infinita sucessão de casuas, efeitos e consequências, acabei desconfiando positiva, coerente ou absolutamente de tudo e de todos de per e de entre si, desde logo em mim mesmo relativamente ao próximo, á própria vida, a mim próprio ou ainda no exterior por si só e relativamente a mim próprio.
Mas como (ainda!) não morri (em absoluto), acabei vivendo o que penso e o que sinto relativamente a mim mesmo, ao próximo, ao exterior modo geral e à própria vida enquanto tal e/ou o que o próprio exterior por si só ou perante e para comigo, acaba por suscitar em mim. Sequêncial base a partir de que dalgum modo não pude deixar de confiar ou acreditar em mim mesmo, no próximo, no exterior em geral e na vida enquanto tal, de per ou de entre si, pelo melhor e pelo pior, para o bem e para o mal.
A partir do que passei a depender essencialmente de mim mesmo relativamente ao que queria ou não preservar, seguir e cultivar: nomeadamente se o pelo melhor ou pelo pior e se para o bem ou para o mal? No caso decidi-me pelo melhor e para o bem de mim mesmo e da vida directa ou remotamente envolvente a mim; ainda que a partir duma significativamente profunda carência de segurança, de auto confiança, de auto estima e de amor próprio da minha parte em e por mim mesmo e/ou perante e para com o exterior _ mais sucintamente a partir duma auto perspectiva significativamente negativa ou positivamente inócua de mim mesmo e até do mundo directa ou remotamente envolvente a mim. Base em que passei a ficar objectivamente senão feliz ao menos satisfeito e tranquilo com a vida e efectiva ou aparente felicidade alheia, sequência de que até por minha necessidade ou interesse própria(o), passei a necessitar ser parte integrante da e para com a vida e felicidade alheia ou externa a mim _ particular e especialmente das pessoas ou seres que me são directamente querida(o)s ou intíma(o)s, mas também indefinida e universalmente extensível ao infinito humano e existencial!
Podendo e devendo agora dizer: graças a Deus, que não dependo unilateralmente de mim mesmo, nem exclusivamene do próximo (exterior) relativamente à minha vida e felicidade própria. Felizmente não posso, nem quero ser feliz sozinho! Sendo que dependendo da vida e felicidade alheia para com a minha vida e felicidade própria!

sexta-feira, dezembro 25, 2009

Entre polos

Salvo que se considere a vida como o ou um bem em si mesma(o); de resto não espero nada de bom da vida, até porque o não espero de mim mesmo e/ou vice-versa.
Ainda que procure o melhor da vida, até porque procuro o melhor de mim mesmo e vice-versa.
Global sequência de entre o que escrever me é positiva ou absolutamente providencial, com tudo o que me traz à escrita e da escrita deriva para com e sobre mim!...

Ah! E dada a presente época do ano: Desejo bom ...24 e 26..., se possível com festa de 24 para 25 e um bom ...30/12 e 02/01... se possível com respectiva festa de 31/12 para 01/01..., indefinidamente extensível no espaço e no tempo.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Pelo melhor e para o bem

Por meu defeito vivencial ou cultural próprio, remeti-me há muito a um passivo e abnegado abandono à vida; respectivamente e por norma com auto abstracção ou supressão da minha personalidade e identidade própria. Com todos os subsequentes riscos inerentes, desde logo num mundo em que "insaciáveis lobos" são mais que muitos e permanentemente prontos a fincar a "debilitada presa" _ sentindo-me eu potencialmente à partida tão "insaciável lobo", quanto "indefesa presa", ainda que enquanto em passivo e abnegado abandono mais efectiva ou potencial: presa! Em particular quando por positiva ou absoluta insegurança própria tendo a identificar-me ou mesmo a achar-me merecedor das piores (mais negativas) referências e influências intrínsecas ou extrínsecas a mim próprio; ainda que por pró vital ou subsistente necessidade me identifique e procure equivaler-me na prática às respectivamente melhores (mais positivas) referências e influências intrínsecas ou extrínsecas a mim mesmo. Mas de entre o que fiquei potencialmente vulnerável a directas ou reflexas influências e acções quer positivas quer negativas intrínsecas e extrínsecas a e sobre mim próprio. A partir do que tendi semi objectiva ou subjectivamente a refugiar-me no auto isolamento, desde logo para me auto proteger do pior de mim relativamente ao exterior e do pior do exterior relativamente a mim _ se possível procurando o positivamente melhor da vida no mais intímo de mim mesmo, desde logo como necessidade de sobreviver ao efectivo ou potencial pior mim próprio. Inclusive na medida do interactiva e pró subsistentemente indispensável tendi a refugiar-me em contextos interpessoais, sociais, culturais, profissionais, etc., que eu conheço desde globalmente sempre _ como ao nível das minhas raízes e origens existenciais próprias _ e que até por isso eu domine minimamente, senão pela positiva ao menos defensivamente; mesmo que isso nem sempre, nem de todo me tenha sido ou seja positiva ou absolutamente fácil e satisfatório em si mesmo, que não raro até bem pelo contrário, sendo-me inclusive com relativa frequência bastante difícil e (quase) insustentável, ainda que também bastante aliciante de viver e de gerir. Em especial quando com frequência me vejo remetido a ter de gerir e sobreviver aos meus próprios maniqueísmos internos, auto isolado em e sobre mim mesmo ou refugiado no unilateral contexto das minhas origens, pelo efectivo e potencial positivo melhor e pior das mesmas, ainda que e/ou até pela referência e influência que adquiri do efectivo e potencial positivo melhor e do pior doutras diversas existências ou dimensões pessoais e sócio/culturais aquém e além de mim e das minhas origens. De entre precisamente a minha necessidade de sobreviver positiva ou absolutamente aos meus próprios auto isolamentos e/ou aos meus previsíveis refúgios sócio/culturais e existenciais nas minhas origens, com o efectivo ou potencial positivo melhor e pior de mim mesmo e das minhas origens ou do exterior a mim e às minhas origens; apesar de e/ou até por com frequente referencial e inspiradora base no e para com o exterior, vejo-me correntemente forçado a ter de encontrar no meu próprio intimo a força, a energia, a coragem, a inteligência, a sabedoria, a abertura, a motivação, numa palavra a luz para seguir pró positiva, vital e/ou universalmente em frente com a minha própria existência.

Global e sequencial contexto de entre o que acabou duma ou doutra forma por nascer, crescer, viver e se sustentar esta minha pró vital, sanitária e subsistente necessidade de escrever e agora também já de expor o que escrevo ao exterior. No caso como reflexo da minha personalidade e identidade própria, com o efectivo ou potencial melhor e pior e/ou para o bem e para o mal, desde logo de mim mesmo e da minha própria vida. Que no caso _ salvo a imodéstia _ espero, desejo, necessito, procuro, tudo faço e farei para que na medida das minhas possibilidades seja positivamente pelo melhor e para o bem, desde logo de mim mesmo e necessariamente da própria vida universal, directa ou remotamente envolvente a mim!...

domingo, dezembro 20, 2009

Em universal função

Só raramente consegui aprender o que, quando e como me quiseram ensinar de fora para dentro ou de cima para baixo, salvo quando coincidentemente com isso eu o quis ou necessitei por mim mesmo, o que só sucedeu muito rara, pontual e circunstancialmente.

Consegui concretizar (quase) tudo a que me auto propus, a partir da minha vontade ou necessidade própria, salvo quando por exemplo barreiras psicológicas (preceitos e preconceitos) sócio/culturais envolventes e/ou desde logo meus confessos receios ou limitações próprias mo impediram!

Comecei originalmente a escrever a partir duma intra imposição vital de dentro para fora e de baixo para cima, ainda que suscitada de fora para dentro e de cima para baixo; continuo indefinidamente a escrever em sequência da minha vontade e/ou pró vital, sanitária ou subsistente necessidade própria. Ainda que e/ou até para com o que eu necessite de referências e motivações externas, pois que escrever tal como viver em ciclo fechado de e sobre si(mim) mesmo, não existe ao menos ao nível de verdadeira plenitude vital. Tal como para viver, também para escrever terá de ser sempre em função de algo ou alguém exterior que dalgum modo simbolize a pluralidade e diversidade universal, aquém ou além de cada qual em e por si só, nem que seja em função duma simples, vulgar ou comum pedra da rua, com que(m) necessariamente se simpatize ou empatize dalguma positiva, vital ou absoluta forma!

sábado, dezembro 19, 2009

Acto continuo

Normalmente não escrevo o que, quando, como, porque e para que quero.
Salvo eventuais devidas excepções, por norma escrevo o que, quando, como, porque e para que não pode deixar de ser.

Ainda que escrever para mim seja também ou essencialmente deixar-me tomar pelas circunstancias do (in)constante e (im)permanente presente momento e expressar-me em consonância, naturalmente que com um mínimo de autonomia e disciplina espacial, temporal e técnica da minha parte para o poder e dever fazer, inclusive aquém e para além do presente momento.

Seja quando iniciei este blog era a pensar escrever acerca dos mais diversos e variados assuntos intrínsecos ou extrínsecos a mim e á minha vida, mas que em qualquer dos casos me toquem dalguma influente e consequente forma, cuja escrita seria apenas o meio e a forma de os expressar, como atesta o texto: Parecer individual, integrado no conjuntural post: Recuperado. Mas, no circunstancial caso acabo escrevendo essencial e quase unilateralmente acerca da e sobre a minha própria necessidade e/ou vontade de escrever. Quiçás ou seguramente deixando-me levar pelo titulo do blog, mais pelas pré, pró e pós circunstâncias da minha vida inerentes á criação e presente sustentação dum meu blog próprio, de base e finalidade escrita! Especialmente quando escrevo para tão só necessitar existir e só escrevo porque existo _ acto continuo!

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Escrever

Salvo que isso me tivesse sido natural, linear ou objectivo desde globalmente sempre, que não foi. De resto, não fosse pela necessidade de sobreviver a uma certa dor e desilusão existencial e eu não escreveria. Nem respectivamente existi-se eu a partir de escrever para tão só necessitar sobreviver e seguramente não me exporia ao exterior, inclusive ou acima de tudo através da escrita.

Mas a vida assim quis e eu não deixei de o aceitar ou até desejar e como tal aqui estou!... Mais que para sobreviver è dor, mesmo e acima de tudo para ser feliz, espero com a graça de Deus e o meu próprio mérito!

Escrever para sobreviver;

para existir;

para para viver;

para ser feliz!

terça-feira, dezembro 15, 2009

Sempre a escrita

Quando com frequência me auto anulo, abandonando-me passiva e abnegadamente à vida, em especial se com prejuízo da minha pró activa e interessada entrega à vida, sentindo objectiva necessidade de cultivar esta ultima e mas deixando de o fazer por insegurança, por carência de auto confiança, em ultima instância de auto estima e de amor próprio, para me (auto) assumir e se tanto quanto possível impor perante o exterior. O que por subsequente exemplo me faz sentir necessidade de escrever coisas como:

_ Da vida não espero mais que a própria morte. De mim não espero mais do que subsistir esforçada e sofrivelmente até á morte.

Sou um condenado sem fé, nem esperança, desde logo e acima de tudo em mim mesmo!…

Sendo o imediatamente anterior a transcrição de algo que senti e respectivamente manuscrevi numa recente manhã de autentica desilusão comigo mesmo, em que me estava a auto abandonar á mais imediata e sofrível necessidade de subsistência básica, em directo prejuízo de me entregar á minha mais profunda e satisfatória necessidade de vida plena, no caso em questão objectiva necessidade de escrever algo em concreto.

De entre o que escrever as minhas desilusões ou ambiguidades próprias, ajuda-me a sobreviver ás mesmas, não só básica, imediata e elementarmente, como até pró positiva, vital e satisfatoriamente; pelo menos desde que não me faltem recursos (espaço, tempo, disponibilidade e forças) para tal, acabarei sempre por me reencontrar duma ou doutra forma, um pouco mais ou menos à frente, desde logo duma forma escrita, inclusive em sequência do que, como e porque possa ter deixado de escrever, com tudo o que me trás á escrita e que da escrita deriva para com e sobre mim!...

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Ser eu mesmo!

Escrevo, porque me abandono, na melhor das hipóteses ao vazio e depois necessito reencontrar-me minimamente, senão para viver ao menos para não me perder de todo e/ou para sobreviver aos meus próprios abandonos! De entre o que escrever è uma forma de auto assumir e expressar os meus próprios abandonos e enquanto tal de me reencontrar minimamente comigo mesmo. Por isso não posso, nem quero pró vital, sanitária e subsistentemente parar de escrever; ainda que possa ou mesmo tenha de ensandecer ou de morrer a escrever _ ser eu mesmo!

Quando escrever por norma entra em choque com o meu dia a dia prático e corrente essencialmente de passivo e abnegado auto abandono; desde logo auto abandono á minha mais básica e elementar necessidade de subsistência, que por si só me exige escrever para tão só necessitar sobreviver, quando por norma as mais básicas e imediatas exigências de subsistência me impedem de escrever, como pró activa e interessada entrega à vida. Tudo num global choque e conflito de interesses ou necessidades intrínseco(a)s a mim mesmo, de que acaba por resultar aquilo ou isto que eu não posso deixar de escrever e de facto escrevo _ sou!

domingo, dezembro 13, 2009

O meio e a forma

Não sou própria ou absolutamente pessoa de meios termos, designadamente ou me abandono passiva e abnegadamente á vida, não importando se ganho ou se perco o que quer que seja, desde que seja mínima e imediatamente útil a outrens, ainda que aqui necessite ou permita e procure quase permanentemente quem me diga ou imponha o que, como, porque e para que fazer ou deixar de fazer, como se eu não existisse como personalidade e identidade própria. Ou por outro lado entregando-me activa e interessadamente á vida, pró positivo proveito pessoal, humano, vital e universal próprio e envolvente, o que me exige autoconfiança, auto estima e amor próprio, implicando o culto da minha personalidade e identidade própria, em aberta e positiva interacção com o exterior ou perante e para com o próprio exterior, independentemente do que á partida e á chegada eu ou outro alguém possa ganhar ou perder relativamente ao que ou a quem mais quer que seja.

Mas tendo eu globalmente como princípio e mais corrente meio existencial próprio, o passivo e abnegado abandono á vida. Desde logo porque me habituei sócio/cultural/familiar e existencialmente de base a dever mais do que respeito, mesmo incondicional e unilateral obediência a uma infinidade de hierarquias superiores. Sendo que tendi a entregar-me a algumas dessas hierarquias, como á cabeça a hierarquia familiar e social envolvente, mas hierarquias que quase invariável e sucessivamente traíram ou desiludiram desde logo a minha confiança ou ilusão depositada nas mesmas. No caso da hierarquia familiar, se outro motivo de traição ou desilusão não houve-se, foi a própria que (já em liberdade democrática) expressa e maternal/paternalmente em nome do meu próprio “bem” me pediu ou exigiu que “estuda-se para não ter de ser como a própria” _ esforçada, sofrível e serviçal subsistente!. O que convenha-se que para além de eu ter na mesma a minha primordial e em grande medida a maior e melhor referência de vida, também enquanto eu devedor de incondicional respeito e obediência á mesma, era no mínimo um contra-senso. No caso da hierarquia social, nasci e comecei a crescer num contexto sócio cultural rural (pré revolução democrática), bastante estratificado, semi analfabeto e tão paternalista, quanto quiçás também por isso semi proteccionista e opressivo; apanhei com a revolução pró democrática _ que quase ninguém do meu contexto existencial envolvente sabia exacta ou em absoluto o que queria imediata ou objectivamente dizer _ aos meus seis anos de idade e mas que por pragmático exemplo sócio/cultural escolar, só comecei a sentir verdadeiramente os efeitos de dita revolução por volta dos nove anos, quando na frequência da quarta classe do ensino escolar primário veio uma nova professora que já não castigava fisicamente com bofetadas, puxões de orelhas e palmatoadas, nem estigmatizava psicologicamente como “burro’s”, em qualquer dos casos, ao mais mínimo erro curricular ou falha disciplinar. Deixando inclusive de se cantar o hino nacional ás Segundas-feiras de manhã e Sextas-feiras á tarde e de rezar invariavelmente todas as manhãs e ir á missa, salvo erro, uma vez por semana. Muito resumidamente passando-se então para um contexto sócio/cultural tão aliciante e semi consciente ou conscientemente desejado, quanto surpreendente e ironicamente chocante, em que cada qual começaria a ser livremente responsável de e por si mesmo, perante e para com o próximo, sem ter constante e permanentemente uma maternalista/paternalista hierarquia superior a impor-se-lhe(me), desde logo em nome do seu(meu) próprio “bem”!

Mas que não tendo eu terminado de me adaptar a um contexto sócio/cultural, nem ter acabado por conseguir adaptar-me ao seguinte; circunstancial, providencial e/ou ironicamente a partir de determinada fase e circunstancias da minha existência, particularmente na adolescência, _ á falta de referentes e satisfatórias alternativas envolventes ou de positivas e coerentes capacidades próprias _, entre tudo isto acabei "livre a autonomamente" por me abandonar á minha própria necessidade de subsistência básica, entregando-me ao que e/ou a quem me sustenta-se legitimamente a mesma _ desde logo servindo eu dalguma forma essa(s) entidade(s) sustentadora(s) da minha subsistência, á excepção da minha família (maternal/paternal) de origem que chegou a ser inexcedível e incondicional servidora a este nível. Procurando no entanto eu e intimamente por mim mesmo não perder de todo de vista, que ao menos pontualmente e em particular na minha infância, com carência de preceitos e preconceitos e por isso com risco e por vezes concretização do inverso, no entanto ter tido (também) verdadeiros e positivos acessos de personalidade e de identidade própria, que me fizeram sentir em profunda comunhão comigo mesmo, com o próximo, com a vida, com o universo, algo próximo ou que mesmo se pode designar por paz e plenitude interior e se acaso felicidade pessoal, humana, vital e universal _ em que designadamente alguém fica a ganhar ou a perder o que quer que seja, relativamente ao que e a quem mais quer que seja. No caso auto preservando essa recordação mental ou espiritual, como base de e para com uma minha possível pró activa e interessada entrega á vida.

De entre o que não tendo, nem podendo jamais ter-me satisfeito os meus passivos e abnegados abandonos á vida, mas tão pouco tendo jamais conseguido encontrar-me sólida, linear, coerente e não raro absolutamente com uma activa e interessada entrega á vida. Algum circunstancial ou providencial dia vi-me na contingência que começar a escrever para tão só necessitar sobreviver entre este meu, salvo raras e devidas excepções, aparentemente eterno paradoxo ou desencontro comigo mesmo, com o próximo, com a vida e com o universo. Podendo dalgum modo dizer que tenho intermediamente na escrita uma minha passiva e abnegada entrega á vida e/ou um pró activo e interessado abandono á vida. Digamos ainda que tenho a e na escrita o meu pró vital, sanitário ou subsistente meio e forma de existência própria, designadamente entre passivo e abnegado abandono, versos pró activa e interessada entrega á vida.

No caso não só espero, como mesmo creio que esta minha escrita, enquanto meu meio e forma de existência própria, fale e falará por si só e respectivamente em e por mim mesmo e/ou vice-versa!

sábado, dezembro 12, 2009

Do mal o menos

Quando a minha vontade, motivação e necessidade é escrever, tenho de me deitar cedo devido a cansaço e respectivamente logo de manhã levantar-me cedo, em qualquer dos casos devido a actividade de subsistência que nada tem a ver com escrita.

Ainda que eu não possa escrever se não subsistir, no entanto de há muito a esta parte que necessito escrever para tão só necessitar subsistir.

Do mal o menos que como no presente caso escrevo o possível acerca de não poder escrever tudo o que, como, quando, porque e para que necessito!

Ainda que não me acomode e muito menos me satisfaça com o menos mal!

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Estou de regresso!

Se alguma coisa boa ou má, melhor ou pior, tenho a e para dar e/ou a e para receber da vida, do mundo ou do universo, o mesmo passa necessariamente pelo que eu escrevo, enquanto minha auto assumidamente maior e melhor forma de expressão e de existência própria.

E por mais que eu gosta-se ou quize-se continuar a escrever em ciclo fechado de e para comigo mesmo, isso já não me chega. Pelo que expor-me ou dar-me ao exterior a partir, através e para com o que escrevo, è-me cada vez mais algo inevitável por si só e que eu mesmo não posso, nem quero (mais) evitar em e por mim próprio.

Pelo que bem sei que ainda ontem me despedi "Até Sempre", mas logo hoje passadas tão só vinte e quatro horas, não consegui evitar regressar. E como tal aqui estou, de regresso e espero que para ficar, assim não me faltem motivos, inspiração e/ou vida para continuar indefinidamente a escrever.

Só lê quem quer e nem espero que sejam muitos, se è que serão alguns, em especial quando não vou ornamentar graficamente este meu blog, que quero se mantenha um blog essencialmente de Escrita e que valha por isso mesmo!

Em qualquer caso sejam bem vindos os que vierem em absoluto e por bem em especial!

Recuperado

Os seguintes post's foram os primeiros que originalmente publiquei neste meu Blog. Post´s que entretanto apaguei a pensar desistir em absoluto do Blog e agora recupero separados de entre si pelo titulo de cada qual e a respectiva data de publicação original e unilateral de cada um, presentemente para um só post, por si só intitulado de: Recuperado. O que faço desde logo porque apesar de e/ou até por tudo..., quero e vou insistir com a existência deste meu presente Blog: Expressão & Existência Escrita!.

Sábado, Dezembro 05, 2009

Parecer individual

Em sequência do acidente ocorrido no fim da madrugada de ontem (04/12/2009), na zona de Tancos, em que um automobilista atropelou uma série _ salvo erro de dezasseies _ militares (paraquedistas) apeados e em exercio (marcha e corrida) na via pública de circulação automóvel. Sequência de que nos meios de comunicaçáo social, designadamente televisão, o automobilista autor do atropelamento afirma "não ter visto os militares em causa, por alegadamente estes não fazerem assinalar a sua presença" _ como devido; enquanto o respectivo porta-voz militar deslocado ao local alega "não haver motivo para o automobilista em causa dizer que não viu os militares que acabara de atropelar, dado que estes faziam assinalar a sua presença, por dois companheiros respectivamente na vã e na retaguarda do grupo militar". Por mim pessoalmente, enquanto humilde e até insignificante individuo civil, á distancia e virtualmente não me atrevo a defender ou a atacar quem quer que seja relativo ao acidente em causa. Mas até enquanto o exercito, uma superior e á partida respeitada e respeitável entidade oficial e armada do Estado e eu mesmo automobilista, não posso concordar em muito significativa medida com as palavras do respectivo porta-voz militar no local. Ou seja, o Sr.º porta-voz militar de que não memorizei o nome nem a patente afirmou que por um lado: "quem cricula naquela via (estrada) sabe que ali há regularmente militares em exercício ou em circulação"; a pressupor digo eu que: tão só porque nas estradas por norma circulam veiculos automóveis, não seria necessário estes fazerem assinalar a sua presença, porque supostamente lá estão ou estarão á partida _ enquanto o Estado cobra multa aos automobilistas tão só por uma única lampada fundida num veiculo automóvel ou por não se fazerem acompanhar dum colete reflector no veiculo! Por outro lado afirmou ainda o Sr.º militar em causa e salvo erro de semântica da minha parte, que a respectiva e apeada coluna militar em exercício: "se fazia assinalar por dois militares respectivamente na vã e na retaguarda da mesma", a pressupor digo eu mais uma vez que: supostamente e á partida uma coluna militar ou até civil de individuos apeados ou automobilizados, não necessitará fazer assinalar cada um dos individuos ou automóveis em causa desde que na vã e na retaguarda dessa mesma coluna haja um ou dois individuos ou respectivos veiculos a fazer assinalar dita coluna. Levando ainda dito porta-voz militar a referir que o automobilista que atropelou os militares em causa "os deve ter visto, dado que comprovativamente se desviou dos dois que se vaziam assinalar, regressando depois á sua faixa de rodagem, atropelando então alguns dos individuos que caminhavam intermediamente aos que se faziam sinalizar". Diria e digo eu mais uma vez que salvo objectividade ou na melhor das hipóteses negligência criminosa, de resto o automobilista em causa desviou-se precisamente dos que se faziam assinalar, supostamente e segundo o próprio, "não tendo visto os restantes militares!", atropelando alguns deles. Sendo que em e com tudo isto á partida nada me move a favor ou contra a individualidade do porta-voz militar em causa, a própria instituição militar enquanto tal e o respectivo automobilista acidentado, por si sós ou uns relativamente aos outros. Até porque há muito pormenores relacionados com o acidente que só os respectivos protagonistas conhecem de facto, como por exemplo do lado do automobilista, este estava alccolizado(?), tem dificuldades visuais(?) ou ia distraido com algo extra condução(?) e do lado dos militares, como iam os dois militares na frente e na traseira da coluna assilando a presença dos restantes militares(?), a própria via tem regulamentar sinalizão a indicar a possível presença ou circulação militar em exercício a qualquer hora do dia ou da noite(?).
Mas para além das infindas possibilidades inerentes, dadas as circunstâncias por mim conhecidas ao respeito!...

Foi-me ou esta-me a ser suscitado escrever tudo isto, porque me parece que a argumentação do representante militar em particular e na circunstância em causa, soa a significativamente básica e em ultima instância até algo arrogante, como que pressupondo desde logo razão á partida tão só por se referir á superior e sob muitos aspectos inquestionável instituição e causa militar! Quando apesar de e/ou até por todos os seus superiores e especificos estatutos próprios e no contexto nacional, no entanto a entidade e instituição militar sob muitos outros aspectos não passa de mais um factor social e nacional como qualquer outro, incluido um único e simples individuo civil. Tudo em absoluto sem prejuízo da legitima razão ou falta dela, dos intervenientes do e no concreto acidente em causa, envolvendo um automobilista civil e uma "coluna" de militares apeados na via publica. No caso maior, menor, toda ou nenhuma razão duma, doutra ou de ambas as partes em "conflito", que se acaso as entidades e autoridades policiais e judiciais deverão apurar devida e imparcialmente.

Em suma faça-se justiça, aquém e além da insignificância dum individuo civil, versos a superior significância do colectivo militar. Digo-o, porque nasci e comecei a crescer num contexto social, cultural, familiar e nacional em que por regra uns tinham sempre razão e outros jamais tinham razão alguma, salvo quando estes ultimos sob tutela ou ordem dos primeiros, como por exemplo: o individuo sob o colectivo ou o género feminino _ salvo seja _ sob o género masculino! Sendo que neste ultimo caso, por norma o género masculino, em muito significativa parte só se considerava verdadeiramente integro após cumprir o serviço militar (obrigatório); do mal o menos que entre tanto o género feminino também já passou a ser aceite e respectivamente a integrar (voluntariamente) as fileiras! Além de que o individuo se tornou democraticamente a base ou o centro da sociedade civil, ainda que para tal fazer universal sentido deve ser o individuo com base no e para com o colectivo, perante e para com o que ao menos á partida o serviço militar pode e deve ser paradigma de culto do individuo em nome do e para o todo colectivo!... De entre o que parece-me a mim que ou a individualidade do porta-voz do exercito no local daquele acidente estava vocacionalmente deslocado enquanto entidade individual ou então é a própria instituição militar que tem algumas arestas a limar no realtivo a integrar-se nas democráticas regras da sociedade civil! Em qualquer dos casos sempre com responsabilidade da linearmente hierarquizada instituição militar enquanto tal.

Em conclusão, será que compromete muito a entidade militar se os seus elementos quando em exercício na via pública de circulação automóvel utilizarem coletes reflectores ou ao menos uma espécie de braçadeiras reflectoras em cada um dos seus elementos? Com o que mais provalmente se poderia evitar o acidente e respectivamente evitar mais ou menos vãs justificaões e/ou argumentações auto defensivas relativamente ao mesmo, das respectivas partes envolvidas. È que afinal de contas não estamos em guerra, para se levar a "camuflagem militar" ao extremo e uns utensilios reflectores naquela circunstância, pelo menos á partida ajudariam muito a prevenir o acidente. Inclusive deixando o automobilista com menos ou mesmo nenhuns argumentos para se defender, num caso como o relatado. Sendo que o que mais me intriga e até indigna no meio de tudo isto è que enquanto automobilista e muito bem, "eu" tenha de me fazer visivel em nome da minha segurança própria e acima de tudo da segurança alheia, havendo peões que não cumprem tal requisito, tanto mais se peõs pertencentes á institução militar e em plena actividade na via pública de circulação automóvel. De resto não será por acaso que as próprias forças de segurança GNR e PSP, se fazem regulamentarmente notar quando em serviço na via pública, designadamente com coletes e outros utensilios reflectores. Ainda que enquanto houver automóveis e automobilistas, haverá (quase) invariavelmente acidentes automóvel; mas se se poderem reduzir as possibilidades dalguns desses acidentes ocorrerem tanto melhor. Acidente automóvel a que uns mais que outros, mas duma ou doutra forma todos os que conduzimos estamos incontornavelmente sujeitos, sem excepção. E o caso aqui relatado, ao menos á partida e á distância parece-me ser o hipotético exemplo de que uns simples utensilios reflectores, poderiam senão anular, ao menso reduzir a possibilidade de acidente, especialmente em circunstancias de circulação automóvel nocturna ou de pouca visibilidade.
Publicada por Victor Barão em 10:29 0 comentários
Sexta-feira, Novembro 06, 2009

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Dever e querer

Desde logo não escrevo porque saiba objectivamente faze-lo: técnica, literária ou concepcionalmente, porque que não sei. Digamos que escrevo de “ouvido”, em parte porque quero, em parte por razões que a própria razão desconhece, mas em mais objectiva e racional parte porque não saber exprimir duma forma minimamente clara, objectiva e racional o que e como constante e permanentemente se pensa e sente, pelo menos para mim foi e é uma das maiores formas de frustração vital/existencial que podem existir e existem. O que dalgum modo me levou a fechar-me em e sobre mim mesmo, em grande medida com interactiva supressão da minha energia vital. De entre o que após anos de introspecção e circunspecção pessoal, humana, vital e universal própria e envolvente, o facto é que algum dia, a necessidade de escrever impôs-se-me natural e espontaneamente a um nível em que necessito e mesmo não posso, nem (já) quero deixar de o fazer.

Dalgum resumido modo, quando já não esperava mais nada da vida e/ou de mim próprio, do que o inconstante e impermanente presente momento, aquém e além do que só existiria a morte. Base a partir do que algum circunstancial/providencial respectivo dia acabei tocado pela expressiva ou existencial necessidade de escrever e comecei indefinidamente a faze-lo, como se cada (in)constante e (im)permanente presente momento fosse á vez o primeiro e o ultimo. Ainda que com o reflexo peso do passado e a disponível abertura ao hipotético futuro. E tanto mais assim quando por exemplo entre: carência de autoconfiança e perfeccionista auto exigência, me auto suprimia interpessoal, social e vitalmente como personalidade e identidade própria, no contante e permanente presente momento, levando-me a ficar essencialmente com o constante e permanente peso do passado e a expectativa do potencial futuro. Num intimista e unilateral ciclo fechado de e para comigo mesmo. De entre o que escrever se me intra impôs como uma pró vital, sanitária ou subsistente necessidade própria, já lá vão cerca de catorze anos e como presentemente constatável, ainda escrevo, inclusive como minha auto assumidamente maior, melhor e não raro mesmo única forma de Expressão e Existência própria. Como paradigmaticamente agora e espero que cada vez mais em ciclo aberto ao exterior!

Ao escrever, nas circunstancias em que e como comecei a escrever e escrevo, não sei se sou um predestinado ou até pelo contrário um perdido de todo e qualquer destino próprio?! Mas sei que aquém e além de qualquer outro factor escrevo também e/ou acima de tudo porque quero.
Publicada por Victor Barão em 1:22 0 comentários
Quinta-feira, Novembro 05, 2009

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Auto exposição

Antes de mais, devo dizer que ao expor-me genérica e indefinidamente ao exterior, no caso concreto através dum Blog próprio, com o mesmo não pretendo própria ou objectivamente qualquer tipo ou forma de exposição ou projecção pública em e por si só. De resto sou tão suficientemente inseguro, quanto perfeccionista e até talvez por isso reservado e muito cioso de descrição e/ou até de anonimato. Ainda que confessamente tenha e deva também admitir que gosto do positivo reconhecimento pessoal, humano, social e vital externo a mim mesmo, desde logo a começar e terminar pelas pessoas que me são intimamente próximas e queridas e a partir dai indefinidamente até ao infinito _ ainda que não seja possível, nem sequer de todo desejável agradar a toda a gente. Mas no caso concreto preferia em absoluto que enquanto baseado no que escrevo, qualquer reconhecimento externo e/ou se no caso de reconhecimento público relativamente a mim, fosse com base numa minha escrita criativa/ficcional e não verídica/pessoal _ enquanto baseada em mim e na minha própria vida. O facto é que em qualquer dos casos a vida um dia trouxe-me circunstancial/providencialmente a esta minha pró vital, sanitária ou subsistente necessidade de escrever. E durante anos escrevi em intimista ciclo fechado de e para comigo mesmo e/ou se perante e para com o exterior, só com efeitos pró posteriores á minha própria existência. Mas enquanto escrevia intimistamente de e para comigo mesmo e/ou para externos efeitos pós minha existência, foi-me também circunstancial/providencialmente suscitado um outro respectivo e posterior dia começar a exteriorizar o que, como, porque e para que escrevo, enquanto minha forma de expressão e existência própria. Global e gradual contexto em que se integra a criação deste meu presente Blog próprio, precisamente sob o titulo de: Expressão & Existência Escrita. Cujo o que escrevo no mesmo, creio falará em e por si só e respectivamente por mim mesmo e/ou vice-versa.

Sendo ainda que ao escrever numa base verídica/pessoal, faço-o muito mais inspirado, desde logo por e para com todas as pessoas de quem alguma vez e dalguma forma gostei e gosto e/ou que gostaram e gostam de mim; do que em absoluto por qualquer objectivo ou subjectivo e unilateral interesse próprio _ até porque á partida não sei em absoluto se o que e como escrevo e respectivamente exponho ao exterior me é e/ou será mais ou menos positivo ou negativo, proveitoso ou prejudicial a mim mesmo!? Inclusive faço-o essencialmente para (me) dar ao exterior, até em sequência do que tenho recebido do exterior. De resto comecei originalmente a escrever, como meio de sobreviver á vontade de dar a minha própria vida em nome vida enquanto tal, da vida animal em particular e da vida dum cão em especial, por mais e melhor não conseguir fazer á altura, em virtude do misterioso desaparecimento _ á mão humana _ dum "meu" estimado cão. Continuei depois indefinidamente a escrever em sequência duma tão inspiradora, quanto platónica paixão afectiva/setimental humana. Em qualquer dos casos muito mais em sequência do que recebi quer dos animais, quer do inspirador objecto da paixão humana e/ou da própria vida enquanto tal, do que dei a qualquer um(a) do(a)s mesmo(a)s. Mais concretamente as pessoas de quem eu gostei e gosto e/ou gostaram e gostam de mim, de entre o que especialmente aquelas pessoas perante e para quem eu não tenha sido o mais positiva ou absolutamente justo e correcto possível ou desejável, em qualquer caso mereceram-me e merecem-me o meu efectivo ou potencialmente mais positivo e respectivamente como mínimo uma justificação pelo meu efectivo ou potencialmente mais negativo ou positivamente inócuo, desde logo perante e para com as próprias. E eu tenho a minha escrita como o efectivo ou potencial melhor pessoal, humano, vital e universal próprio; com todas as minhas respectivas e inerentes responsabilidades, pelo melhor e para o pior, para o bem e/ou para o mal, inerente ao que e como escrevo e como o exponho ao exterior.

Tomando como base o facto de escrever há mais duma dezenas de anos, em intimista ciclo fechado de e para comigo mesmo e de respectivamente nos últimos dois ou três anos a esta parte vir a sentir uma crescente necessidade de expor o que escrevo ao exterior. Mais concretamente de há cerca dum ano a esta parte, quando tendo adquirido ligação própria á Net precisamente para disponibilizar parte do que escrevo a outras pessoas ou mesmo instituições e mas enquanto tal tendo tomado contacto com blog’s alheios, respectivamente após uma série de textos que entretanto escrevi acerca de diversos assuntos, me tenha feito sentir objectiva necessidade de criar um blog próprio para os poder exteriorizar. No entanto e por uma série de sub e sobre sequentes contingências, como por exemplo insegurança e perfeccionismo da minha parte, o facto é que tenho vindo a adiá-lo. Sequência de que apesar de ou até por tudo, quiçás seja providencial dar início a um blog próprio, enquanto blog intitulado de: Expressão & Existência Escrita, salvo a prévia introdução, tendo como post original, algo baseado na minha auto mitificação duma identidade humana/pessoal e do seu respectivo e positivamente mítico significado na e para a minha vida. Pois que tendo eu na escrita a minha maior, melhor e não raro mesmo única auto assumida forma de expressão e existência própria; quando contra todas as imediatas e objectivas previsões, seja que nada o fazendo objectivamente crer á partida e/ou funcionalmente em absoluto, o facto é que um dia me vi na contingência de começar a escrever, para tão só necessitar sobreviver. Especialmente quando em sequência duma minha positivamente crescente e acelerada decadência interpessoal, social e curricular escolar, com subsequente e rotundo fracasso escolar, me vi essencialmente subjegado a uma significativa carência de autoconfiança, de auto estima, de amor e de vida própria. Ainda que sempre com uma intensa e naturalmente activa energia vital intrínseca a mim mesmo e mas também crescentemente suprimida em mim mesmo. De entre o que ainda enquanto estudante ou frequentedor escolar e numa primeira fase deste meu percurso escolar e social de base educacional e vivencialmente provinciana e pró nacionalista com forte teor opressivo; versos uma posterior fase educacional e vivencial escolar e social em geral, muito mais pró universalista e aberta ao exterior, genericamente designada de liberdade democrática. Em que neste ultimo caso incluiu os democráticos adventos da televisão e da emigração, que em qualquer dos casos passou a incluir uma perspectiva muito mais universalista e aberta ao exterior, do que provinciana e nacionalista. Claro que tudo isto e de todo não tão linear, coerente ou simples assim, pois em muitos aspectos foi e é bastante contraditório, paradoxal e complexo. Até porque por mim mesmo pessoalmente falando, como que passei de ter chegado a sentir-me individual, social, cultural, nacional ou existencialmente o centro do mundo ou do universo, inclusive porque quando semi objectiva ou espontaneamente imaginava mundos ou universos distantes e diversos aos que eu conhecia, no fundo era eu que o imaginava e como tal tinha algum domínio do e sobre o mesmo ou ao menos sentia-o como meu; passando precisamente para o inverso ou seja para sentir-me a desprezável ou substimável periferia de tudo e de todos, inclusive sob influência televisiva e da emigração, que ora me davam a perspectiva duma infinda pequenez e insignificância existencial própria por si só, ora de inferioridade e impotência perante todo um aparentemente infindo e diverso mundo exterior, que se me impunha agora de facto e de fora para dentro, aquém ou além da minha vontade e/ou imaginação própria. Tudo tanto mais assim quando e enquanto eu não terminava de me encontrar positiva, satisfatória ou coerentemente com o contexto interpessoal, social e curricular escolar; até bem pelo contrário e ainda que dentro do mesmo, cada vez me sentia mais precária, degradante, decadentemente distante do respectivo. Mas para o presente contexto dum "simples" blog e do que imediatamente quero ou necessito dizer no mesmo a todo este respeito em concreto, vou perspectivar toda a complexidade e contrariedade sub e sobrejacentemente inerentes da forma mais básica e simples possível. No caso concreto para dizer que ainda enquanto meu percurso escolar em particular e existencial próprio modo geral e ainda como tudo o mais inerente á vida, potencialmente pelo melhor e pelo pior, para o bem ou para o mal, como que acabei circunstancial ou providencialmente vendo ou encontrando nos meios de comunicação social, designadamente televisão e jornais, de crescentemente democrático acesso do público em geral, uma forma de por um lado me abstrair da minha própria e crescentemente frustrada e frustrante existencia própria, mas também de de possivelmente me reencontrar pró positiva, satisfatória e plenamente comigo mesmo e com a minha própria vida, no caso inspirado no, pelo e para com o exterior e diverso a mim e á minha própria existência, sem mais. E neste mesmo global e muito multifacetado contexto, incluiu-se por exemplo eu ter tomado consciência da existência duma pessoa e mulher de tão inspiradoramente sensual quanto angelical beleza física, como até enquanto diva da sétima arte de mitificante existencia, de seu nome próprio e artístico: Maitê Proença. E precisamente tendo eu próprio mitificado a imagem e a existência da Maitê, precisamente ao nível de diva inspiradora de vida e do melhor da vida, respectivamente encontrando na mesma um positivo incentivo á minha própria existência modo geral. Ainda que isto implique toda uma história em si mesma, que no fundo é a história da minha própria vida, que tem tanto de efectivamente desinteressante, quanto até por isso de interpretantivamente interessante! O facto é que coincidentemente com toda a complexidade inerente, inclusive tendo "aprendido" sócio/culturalmente de forma empírica que o homem (macho) "è" inquestionavelmente "superior" à mulher (fêmea), no entanto e ironicamenge ou não, como que passei natural, espontânea e indelevelmente a necessitar equivaler-me como pessoa, como homem, como ser humano, como forma vital/universal ao que e como via na Maitê e/ou ao que e como a Maitê respectiva e equitativamente suscitava em e sobre mim, como pessoa, como mulher, como ser humano, como forma vital/existencial e/ou por si só como e enquanto minha auto mitificação da sua imagem publica/universal, para um nível (quase) imaculadamente divino. No caso com a sua semi sensual e angelical beleza física/estética, em associação á liberdade, autonomia e auto determinação pessoal ou independência e sucesso interpessoal, social, profissional e cultural, pelo menos supostamente e á partida inerente á sua actividade artística em geral e de actriz em particular. Repito que tudo quando e enquanto eu me sentia em crescente e acelerada decadência interpessoal, social e curricular escolar e até por isso decadência pessoal e existencial própria modo geral _ inclusive enquanto sócio/cultural e vivencialmente obrigatória, imposta e acima de tudo _ digo eu_ artificial, esforçada, como tal ridícula e não raro dramática "superioridade" masculina, sobre o género feminino em particular!

De entre o que a minha equivalência á Maitê, deveria concretizar-se ao nível da Maitê dever chegar a saber da minha existência, tal como eu sabia virtual/publicamente da dela e que isso sucede-se nuns termos e numas circunstâncias que, como já referi atrás, levassem a Maitê a sentir tanta admiração por mim, quanto de mim por e para com ela _ uma espécie de chegar a Deus e ser aprovado pelo próprio, talvez como reflexo da minha pró obediente educação sócio/cultural e impressiva educação católica em particular, com esta ultima ao nível escolar primário. Com ressalva de que ser "aprovado por Deus", não coincida em absoluto com "equivaler-se a Deus"! Ainda que dalgum modo eu tenha (con)fundido as duas coisas, talvez porque eu necessitava dum(a) Deus(a) de base humana e/ou constatável, inclusive porque por meu defeito próprio e/ou por defeito da minha educação em geral e religiosa em particular, me habituei a perspectivar Deus, como uma permanente submissão a algo ou alguém externo e superior a mim _ por norma ás hierarquias políticas, sociais, culturais, familiares e por si só religiosas. Só que a partir de determinada fase da minha infância e adolescência com uma determinada evolução ou melhor uma dita revolução pró democrática, me passou a ser social, cultural, política e familiarmente exigida autonomia, liberdade, autodeterminação, responsabilidade e identidade individual própria. Além de que sempre ouvira religiosamente dizer que "eu" era humanamente "concebido á imagem e semelhança do Criador", pelo porque contentar-em com menos do que com equivalência ao e para com o mesmo (Criador)?!. Designadamente e em sentindo inverso, inclusive com benção do Criador Mor, podendo e eventualmente até devendo eu criar o(s) meu(s) próprio(s) Deus(es)! Aquém e além de que mais uma vez contra todas as imediatas e objectivas previsões, enquanto eu um adolescente em crescente e acelerada decadência interpessoal, social e curricular escolar, ao tempo em que originalmente tomei conhecimento da existência da Maitê Proença, no entanto por motivos e razões semi objectivo(a)s e subjectivo(a)s que por exemplo passaram pelo facto do objecto livro e tudo o no mesmo contido me fascinarem desde globalmente sempre, em associação á actividade de actor/actriz estar essencialmente baseada e derivar do factor literário; o facto é que imaginei de mim para mim mesmo que a forma de chegar a merecer que a Maitê pode-se tomar conhecimento da minha existência e respectivamente a ter tanta positiva admiração por e para comigo á que de mim pela e para com a própria, poderia e deveria eventualmente ser através de eu escrever (publicamente), numa escrita tão substancialmente digna e atractivamente bela, quanto o que e como a existência da Maitê se me aparentava e/ou o que e como a mesma suscitava em e sobre mim.

Mas até pelo anterior não me é em absoluto fácil expor-me ao exterior, desde logo através do que e como escrevo em concreto, porque desde logo quer enquanto inseguro, quer enquanto perfeccinista, jamais estou plenamente satisfeito com o que escrevo e/ou comigo próprio, inclusive entre um meu passivo e abnegado abandono; versos uma minha pró activa e interessada entrega á vida. De resto já seja com base no meu passivo e abnegado abandono á vida que por si só implica carência de segurança, de autoconfiança, de auto estima e de amor próprio ou já seja com base na minha pró activa e interessada entrega á vida que por si só implica auto exigência, rigor, onirismo, idealismo e perfeccionismo, em qualquer dos casos de per si não me exporia jamais ao exterior, no caso concreto através da escrita, ainda para mais escrita de base intimista, auto biográfica e auto didáctica. Pelo que estou a expor-me a partir e através do que tenho como meu efectivo ou potencial melhor pessoal, humano, vital e universal próprio, que apesar de e/ou até por tudo passa por esta minha Expressão & Existência Escrita; no caso fazendo-o de todo mais numa minha semi objectiva e subjectiva necessidade de escapar á unilateralidade duma minha existência prática e diária crescentemente baseada num passivo e abnegado abandono á vida, que me coloca muito mais próximo duma espécie de Zombi (morte em vida, que por exemplo necessita permanentemente de alguém que diga o que, como, porque e para que fazer ou deixar de fazer), do que de qualquer meio e forma de vida ou existência própria. Respectivamente tendo na escrita a minha efectiva e auto assumidamente melhor (positiva, livre, autónoma, responsável e consequente) forma de expressão e existência própria e mas especialmente quando e enquanto escrever em intimista ciclo fechado de e para comigo mesmo, fazendo cada vez menos sentido por si só e para mim próprio, pelo que quiçá expor-me ao exterior através do que e como escrevo, seja uma pró activa e interessada (apaixonada) forma de entrega á vida, que por si só implica autoconfiança, auto estima e amor próprio e/ou me exige autónoma, livre e responsável expressão e existência própria, inclusive como compensatória variação ao meu passivo e abnegado abandono á vida, no dia a dia prático e corrente. Sendo ainda que a existência de cada qual só faz ou fará verdadeiro ou absoluto sentido vital/universal, se baseada no e para com o exterior e/ou em interacção com este ultimo. E no caso concreto eu escrevo básica e essencialmente inspirado pelo e para com o exterior, a partir do e para com o que o exterior suscita intimamente em e sobre mim mesmo.

Pelo que tendo eu nesta minha escrita, ao menos de e para comigo mesmo, uma pró activa e interessada (apaixonada) entrega á vida, que em absoluto pretendo, desejo e necessito preservar e cultivar, desde logo como e enquanto pró positiva, sanitária ou subsistente sustentadora da minha existência própria; respectivamente dar-me ao exterior através da e para com a mesma, equivale a dar-me com base no e para com o meu efectivo ou potencial melhor (mais positivo) pessoal, humano, vital e universal próprio. Seja que escrevo básica e essencialmente por necessitar e procurar existir como entidade pessoal, humana vital e universal própria. E no caso concreto faço-o entre um meu passivo e abnegado abandono; versos uma minha pró activa e interessada entrega á vida. Desde logo entre o melhor e o pior que o exterior inspira e suscita em mim, pró preservação e cultura do melhor, versos neutralização e anulação do pior. Resumidamente diria que por norma no meu dia a dia prático e concreto, existo global e essencialmente por passivo e abnegado abandono, ao nível da mais elementar, rudimentar, imediata ou até esforçada e sofrível subsistência básica _ desde logo auto abandono-me á minha própria necessidade de subsistir, mais ao que e/ou a quem me sustente a mesma, naturalmente com base no meu trabalho e/ou “boa vontade” próprio(a)s, perante e para com o próximo e/ou o exterior modo geral, essencialmente numa base de carência de segurança, se autoconfiança, de auto estima e de amor próprio da minha parte. E respectivamente para poder subsistir no e ao anterior, necessito preservar e cultivar minimamente o meu onirismo lírico, a minha auto exigência, o meu idealismo e o meu perfeccionismo inatos e originais, perante e para com o que escrever se me apresentou e impôs circunstancial/providencialmente um dia como algo fundamental e até indispensável _ desde logo entregando-me pró activa e interessadamente a esta minha pró vital, sanitária ou subsistente necessidade e até já objectiva e recreativa vontade de escrever, em especial nesta ultima acepção com base na minha respectiva autonomia, liberdade e até auto didáctica responsabilidade própria. Em qualquer dos casos a pressupor um meu constante e permanente conflito interno, que nomeadamente dificulta e não raro impede a minha exposição ao exterior. Mas precisamente na não raro maniqueísta e esquizofrénica batalha dos diversos e sob muitos aspectos incompatíveis factores inerentes á minha ambiguidade existencial, desde logo entre passivo e abnegado abandono, versos pró activa e interessada entrega á vida, acabo circunstancial/providencialmente por começar crescentemente a necessitar expor o que escrevo, especialmente quando o meu dia a dia prático e concreto assenta cada vez mais e mais unilateralmente no meu passivo e abnegado abando á vida; enquanto que o que eu mais necessito e procuro, até pró vital, sanitária e subsistentemente é entregar-me pró activa e interessadamente á vida, perante e para com o que a minha necessidade de escrever me resulta desde há muito como algo fundamental e indispensável. A partir de que tudo o que eu faça para manter viva e activa esta minha necessidade será necessariamente pouco e que na presente circunstancia incluí exteriorizar cada vez mais o que e como escrevo. Necessariamente que á partida pelo melhor e pelo pior, para o bem e/ou para o mal; mas que espero, desejo, necessito e até por minha pró vital, sanitária ou subsistente necessidade própria, procurarei objectivamente que seja pelo melhor e para o bem! Naturalmente sem esquecer tudo o que e como me trouxe ao mesmo e do mesmo possa derivar (antes e depois de tudo e de todo o mais) para com e sobre mim próprio, respectivamente a começar pelo meu presente momento, que enquanto também baseado e inspirado no referente e influente significado da Maitê Proença na e para a minha vida, inclusive como semi objectiva ou subjectiva forma de inspiração _ salvo a imodéstia _ pró racional, intelectuial e/ou literária da minha parte, inclui ainda e imediatamente o seguinte:

_ Entre os dias quinze e dezoito do imediatamente passado mês de Outubro, escrevi alguns comentários ao Post “Minhas desculpas aos portugueses”, no Blog da actriz e irónica ou curiosamente também (já) escritora brasileira Maitê Proença. O que fiz em sequência do pedido de desculpas da Maitê Proença, pelo polémico “vídeo doméstico” efectuado pela própria aquando da sua estada pessoal e profissional em Portugal no passado ano de 2007, enquanto vídeo com conteúdo “satírico”, de suposto teor humorístico relativamente a Portugal e aos portugueses, exibido publicamente num programa da televisão brasileira de que a Maitê é uma das apresentadoras, com respectiva posterior transição do video para a Net. Sendo que pessoalmente escrevi comentários críticos, ainda que até por positivamente mítica influência da Maitê na minha vida, com pretensões pró positivas, relativamente a dito vídeo e seu respectivo conteúdo. Mas como não sei se consegui os meus pretensos positivos objectivos, até porque entre outras coisas, terminei a minha crítica participação ao "video" da Maitê, em seu respectivo blog próprio, com a seguinte frase: "…Já perdoei a pessoas que me ofenderam muito mais do que a Maitê Proença!...". O que em si mesmo pode transmitir a sensação duma minha suposta superioridade moral, cívica ou outra, que pelo menos á partida não possuo, relativamente a quem mais quer que seja e por vezes ou relativamente a algumas outras pessoas ou factores existenciais, até pelo contrário.

Mas também porque no mesmo espaço de comentários, do Blog da Maitê Proença, escreveram muitas outras pessoas, umas com comentários mais positivos e condignos, outras com comentários mais negativos e indignos, outras ainda com comentários absolutamente abjectos linguística e substancialmente e outras ainda limitaram-se a ocupar espaço sem absolutamente nada dizerem. Na esmagadora maioria dos casos, com comentários anónimos e enquanto tal irrepresentativos do que ou de quem quer que objectivamente seja. Ainda que quase literalmente comentários escritos em “português” e em suposta defesa de Portugal e dos portugueses, perante a "ofensiva sátira" da Maitê Proença a Portugal e aos portugueses em dito “vídeo doméstico”. Sendo que no meio de tudo isto eu fui dos poucos que _ objectiva, consciente e responsavelmente _ me identifiquei em absoluto com nome e sobrenome próprios, desde logo e no mínimo representando-me a mim mesmo. Mas dadas as circunstancias e num espaço de comentários em que a esmagadora maioria destes últimos eram duma linguagem e substancia tão angustiante, deprimente e ofensivamente horrível, ainda para mais escritos sob irrepresentativo anonimato, em suposta e indefinida defesa de Portugal e dos portugueses, o que por si só e enquanto tendo sido eu um dos poucos que me identifiquei, acabo por me sentir representado nesses e por esses mesmos comentários na sua globalidade, mesmo os não escritos por mim e em especial se anónimos. Ainda que não me identifique em absoluto com a esmagadora maioria dos mesmos. Até porque se a Maitê Proença ofendeu Portugal e os portugueses, a ofensa foi e é de quem a faz! Mas a partir do que passarem uns anonimamente supostos portugueses a ofender indiscriminadamente a Maitê Proença, o próprio Brasil e os brasileiros em geral, ainda por cima com comentários anónimos e tão ou mais ofensivos e até horríveis do que os da Maitê relativamente a Portugal, respectivamente a maior e pior parte da ofensa passa a ser de quem a faz em nome de Portugal e dos portugueses. No fundo criticar o outro fazendo igual ou pior do que o mesmo, é no mínimo muito pouco inteligente e sob muitos aspectos, quiçás no caso concreto dê razão á Maitê Proença no efectivo ou supostamente mais ofensivo relativamente a nós portugueses em dito “vídeo caseiro”. Com ressalva de que não tenho dúvidas que a esmagadora maioria dos portugueses não se revêem em comentários tão bárbaros, ainda por cima anónimos e só por isso escritos por supostos portugueses, irrepresentativos do que ou de quem quer que seja, a começar e terminar pelo(a)s próprio(a)s que os escreveram.

Por tudo isto e eventualmente por algo mais, tanto ou mais que (eu) perdoar alguém, sinto já é necessidade de pedir perdão pessoal e como português, não necessariamente a alguém em concreto, mas sim ao todo nacional, ao todo lusófono, ao todo universal e/ou se religiosamente a Deus. Já agora agradeço á Maitê Proença a possibilidade que (ainda) me concedeu de poder escrever, a criticá-la, no seu próprio Blog, apesar de e/ou até porque ao escrever no mesmo acabei criando esta minha necessidade de pedir perdão. Em qualquer caso esperando que Maitê tenha aprendido algo com a situação horrorosa que se reflectiu no seu próprio Blog, enquanto situação a que no mínimo incautamente a Maitê deu origem e mas de que deixou de ser já única ou mesmo a pior protagonista.

Quanto a escrever em absoluto e/ou ainda que de forma pró positivamente critica em relação á Maitê Proença, no espaço de comentários dum determinado Post do Blog da própria; diria que se para tal está a referente e influente importância que a Maitê alguma vez exerceu na minha própria existência. Desde logo ao ter auto mitificado a imagem da Maitê a um nível imaculadamente positivo. No fundo necessitei transferir para o exterior o efectivo ou potencial melhor de mim mesmo, desde que esse exterior me inspira-se dalguma imediata e objectiva forma a e para tal, quando precisa e crescentemente deixava de acreditar positiva ou absolutamente em e por mim próprio; além de que necessitei acreditar num(a) Deus(a) de base constatável, quando e enquanto deixava crescentemente de acreditar em Deuse(a)s de base dogmática. Para com o que a referência e influência da existência da Maitê por si só e/ou na e para a minha vida cabou por (me) ser circunstancial ou providencial, pelo melhor e pelo pior, para o bem ou para o mal. E que no caso concreto em sequência do polémico "video" da Maitê, dalgum modo a própria Maitê enquanto realidade pessoal, humana e vital ou existencial concreta, como que frustou dalgum modo a minha miticamente imaculada e positiva auto perspectiva acerca da e sob ou sobre a mesma, ou talvez não!... Sendo que inerente a e para com essa referência e influência da Maitê na minha existência, está a globalidade da minha respectiva existência própria, aquém e além da minha tomada de consciência da existência da própria Maitê Proença. E mas como apesar de e/ou até pela minha existência própria, ser praticamente desinteressante e em muitos aspectos positiva ou absolutamente inócua por si só; mas até por isso com eventual positivo ou absoluto interesse interpretativo, que apesar de e/ou até por tudo, não cabe no presente contexto em toda a sua objectiva extensão e compexidade, no entanto e talvez dalguma mínima forma o mesmo caiba no facto de eu escrever, como, porque e para que escrevo enquanto tal e/ou no que e como no caso concreto exponho neste meu Blog próprio em particular! Que no e para o imediato caso concreto, de eu ter escrito criticamente no Blog da Maitê Proença relativamente à própria e respectivamente aproveitando e auto assumindo o que uma outra (anónima) pessoa pró positivamente lá escreveu e que em poucas palavras técnicas _ “psicossociais” _ , diz tanto ou absoluta e sucintamente mais do que eu próprio poderia ou posso (auto) dizer em e por mim mesmo, relativamente á referente e consequente influência da Maitê Proença na minha vida ou ainda relativamente á verbalmente ameaçadora e violenta reacção de muitos portugueses ao "video doméstico" da Maitê relativamente a Portugal e aos portugueses. Sendo que o que essa outra pessoa (técnica e sucintamente) escreveu, salvo erro de manuscrita cópia da minha parte e de posterior transcrição do manuscrito para o presente, foi literalmente o seguinte:

Enquanto esse alguém que no local de identificação no espaço de comentários ao post “Minhas desculpas aos portugueses”, no blog da Maitê Proença, escreveu:

_ “Um episódio de falha narcísica á escala colectiva. Muito interessante, sem dúvida.”

E continuou:

_ “Ocorreu-me explicar a onda de indignação que varreu Portugal nesta semana a propósito do vídeo da Maitê, com a seguinte hipótese: Todo o alarde se deve á importância de se chamar Maitê Proença.
Por este episódio se mede o fascínio que uma cara bonita exerceu no inconsciente colectivo do País. Em Portugal, pelos vistos Maitê era mais do que uma das muitas actrizes brasileiras que as pessoas se habituaram a ver na televisão, era uma Deusa Venusiana. Estatuto construído com certeza por acção das telenovelas brasileiras em que participou e onde aparecia com uma imagem de «sex-symbol», não aceitamos que a nossa sex-symbol nos fizesse uma desfeita destas. Ora a ofensa sai proporcional ao estatuto da actriz. O erotismo fabricado pela imagem televisiva semeou no inconsciente colectivo um símbolo de beleza imaculada _ um estatuto que Maitê ao que parece pelo histerismo da reacção possuía entre nós.
_ Ora um símbolo desta natureza, normalmente é venerado desde que se mantenha para sempre mumificado, imóvel, completamente obediente ás expectativas. E quando o símbolo, criado não cumpre as expectativas de «sex-symbol» que acaricia, afaga, seduz, enche de mimos, o criador, este (último) comporta-se como um namorado traído e espuma de raiva, vocifera, tem ataques inusitados de indignação e histeria. A «namoradinha» de uma geração de portugueses e portuguesas cometeu um acto impensável, não se comportou á altura do símbolo e mudou o registo, mostrou uma faceta desconhecida, inesperada, inadequada á mitologia estabelecida.”


Creio que escrito pela mesma entidade, que escreveu o anterior, mas dependente ou independentemente disso, transcreveria ainda e em qualquer complementar caso relativamente ao anterior, o que foi escrito por alguém que no lugar da identificação do espaço de comentários ao post “Minhas desculpas aos portugueses", no blog da Maitê Proença, escreveu:

_ “Porque é que não deixam a Maitê em paz?”

E continuou com:

_ “O mais curioso ou inexplicável (será), no chamado caso Maitê, é que este lufa-lufa proto-nacionalista provém justamente do mesmo povo manhoso, ingrato e analfabeto que por tudo e por nada desdenha e troça do País, que ignora a sua história, despreza os seus mais destacados vultos, não lê livros nem jornais, devora execráveis revistas chamadas de cor-de-rosa, calúnia políticos, vizinhos ou adversários, desconhece os criadores e até os amesquinha, para não falar dos indígenas que bolçam saudades do ditador fascista Salazar na mesma medida em que não sabem a corriqueira tabuada ou simplesmente fazer contas, encolhem os ombros a Afonso Henriques, D. Dinis, Fernão Lopes, José Saramago, António Damásio, Lobo Antunes, Maitê que é afinal neta de português, não fez mais que, no vídeo de qualidade e importância duvidosa, repetir em audiovisual o que a populaça destila nos cafés, a torto e a direito, sem olhar a quê, nem a quem.
Haja paciência!…
E memória já agora.”


Subscrevo quase literalmente tudo o que foi escrito por esta(s) anónima(s) identidade(s) e até mais do que subscrevê-lo auto assumo e identifico-me pessoalmente com a esmagadora maioria do mesmo, inclusive enquanto eu mesmo protagonista do respectivo, desde logo ao ter auto mitificado a imagem e até existência da Maitê a um nível de beleza imaculada, quando me auto perspectivava pessoal e nacionalmente mim mesmo pela negativa ou como positivamente inócuo. Nesta ultima cepção de positiva auto substima pessoal e nacional própria, não só enquanto constatando nos meios de comunicação social (em especial na televisão) dimensões, designadamente pessoais e nacionais externas que me ou nos trasncendiam positiva ou globalmente sob e sobre diversos aspectos: sociais, culturais, humanos e existenciais em geral e/ou ainda nesta e para com esta mesma sequência e em virtude do fenómeno da emigração ao ouvir repetidamente adultos semi analfabetos referirem, nomeadamente em cafés : "lá fora (estrangeiro) é que é bom!"; "lá fora é que se tem!"; "lá fora é que se pode!"; "lá fora é que se sabe trabalhar!"; "lá fora é que se ganha!"; em suma "lá fora è que è!..." . Mas em especial e pró positivamente por mim mesmo falando, identifico-me com o respectivo por si só ao ter mumificado em e para mim mesmo o mítico significado da Maitê na e para a minha vida, designadamente e ainda que com alguma reflexa e pontualmente curiosidade para o saber, no entanto e regra geral, sem que durante anos me interessa-se saber objectivamente muito ou mesmo nada acerca da verdadeira realidade pessoal/existencial da Maitê Proença, enquanto pessoa e mulher de carne e osso, pelo melhor e pelo pior, para o bem e/ou para o mal. Pois que interessava-me acima de tudo preservar e cultivar (mumificar) o imaculado mito, cuja humana realidade adjacente eu procuraria em mim mesmo, inclusive enquanto eu o próprio mitómano humano. Dalgum modo auto procura de mim mesmo num meu processo existencial próprio e pró universalista, em que á partida a Maitê ou quem mais quer que seja, não vale positiva ou absolutamente mais ou menos que eu mesmo e vice-versa. Ainda que ou até por com base e em sequência dum meu maniqueísta conflito interno, em que me auto assumi pela negativa ou como positivamente inócuo, enquanto auto assumia o exterior e diverso a mim dum modo geral e no caso a Maitê em particular e/ou o seu significado em e para mim mesmo como algo global, essencial ou absoluta e imaculadamente positivo. De resto posso afirmar que dalgum modo procurei ou melhor necessitei semi objectiva ou subjectivamente durante anos reencontrar-me comigo mesmo e com a própria realidade da vida, a partir duma base maniqueísta ou esquizofrénica entre o que positiva ou absolutamente deixei de ser e de significar em e para mim mesmo; versos o que o exterior modo geral e no caso concreto a Maitê em particular passou a ser e a significar positiva ou absolutamente em e para mim próprio. Em qualquer dos casos com os respectivos significados positivo e negativo intrínsecos a mim mesmo, ainda que no segundo caso inspirado no e pelo exterior. Base em que por si só concordo e mesmo confesso identificar-me com a globalidade do que e como foi “tecnicamente” escrito pela(s) anónima(s) identidade(s) em causa. Excepções feitas a que salvo, no relativo ao "namorado traído", mais do que "espumar de raiva e vociferar, etc", procurei sim e na medida do possível ser o mais criticamente positivo possível _ até porque durante anos a Maitê suscitou em mim um sonho positivo, o sonho de me equivaler ao que positivamente a mesma suscitava em e sobre mim. O que dalgum modo ultrapassa o mito ou o "sex symbol" que simplesmente acaricia, mima, seduz e afaga, para ser algo ou alguém que no meu caso concreto, me levou a auto assumir-me pela negativa e mas pró positivamente, perante e para com a própria, enquanto musa inspiradora dessa positividade, quando em e por mim mesmo já não havia positividade que me resta-se. De entre o que mais que unilateralmente receber mimos e afagos, etc., necessitei sim equivaler-me à mesma, para ter tanto ou mais para dar, quanto da mesma recebia. Salvo ainda que não tenho "saudades da ditadura salazarista", que vivênciei ainda na minha infância e que dalguma forma ainda actualmente vivo e para sempre viverei os respectivos reflexos efeitos sócio/culturais da mesma em e sobre mim _ dependente ou independentemente de que o País imediatamente prévio ao salazarismo fosse o suficientemente caótico e o País pós salazarismo não raro tenha sido e/ou seja o suficientemente indefinido. Salvo também que não leio "revistas ditas cor-de-rosa" e procuro minimamente "ler livros, jornais generalistas" e já agora sei a "tabuada e fazer contas" no mínimo contas básicas de somar, subtrair, multiplicar e dividir, ainda que confessamente não "conheça verdadeira e profundamente a história nacional", mas na minha leve noção das mesmas valorizo suficientemente as "figuras históricas", orgulho-me dos "verdadeiros vultos nacionais" e lamento o desprezo que frequentemente o País oficial e popular demonstra pelos mesmos ou o "encolher de ombros" que lhes vota. Salvo também ainda que no relativo a "deixar a Maitê em paz", eu já havia escrito o meu comentário de despedida quando por exemplo li o comentário a solicitar inquisidoramente a paz da Maitê. E quanto a "haver memória", por mim mesmo rememorizando diria que foi precisamente numa fase da minha existência em que a minha autoconfiança, auto estima e amor pessoal e até nacional próprio andava pelas ruas da amargura e/ou em que o meu processo interpessoal, social e curricular escolar me era crescentemente degradante e decadente, que circunstancial, providencial e/ou respectivamente a consciência da existência da Maitê enquanto alguém externo e diverso a mim, apareceu na minha vida como uma referência de vida em e por si só, na e com a sua singular e para mim semi angelical/sensual beleza, a que auto associei uma série de positivos valores inerentes aos artistas em geral e actores em particular, como: coragem, inteligência, sensibilidade, auto determinação, sabedoria, cultura técnica e de vida em geral, abertura mental e de espírito, em suma global dignidade pessoal, humana, vital e universal para no caso concreto dos actores e actrizes interpretarem outras personagem em público, quando á altura eu tinha crescente dificuldade para me representar a mim mesmo ou tão só para encarar os meus professores e colegas escolares. Pelo que respectiva e diria mesmo natural e espontaneamente acabei vendo na “Deusa” Maitê _ que ainda por cima sendo estrangeira, falava e fala português _ uma verdadeira referência de vida, por assim dizer no feminino a que eu gostaria e passei mesmo a necessitar equivaler-me a um nível pessoal, humano, vital e universal, no e pelo masculino. Até porque uma das fundamentais bases, meios e finalidades da existência humana seja precisamente o amor e/ou interacção dos géneros sexuais. Isto pelo melhor e pelo pior, para o bem e/ou para o mal, sem prejuízo de quem assim não pense ou sinta. No entanto até enquanto eu do género masculino, respectivamente e á excepção da família, o género feminino foi sempre uma ou mesma a minha maior fonte de inspiração e de impulsão de vida e de viver. Global e sequencial base em que chegar a merecer equitativa admiração da Maitê em particular por e para comigo, desde logo reflexamente equivalente ao que a própria Maitê suscitava em e sobre mim, seria pelo menos á partida e de mim para comigo mesmo sinónimo de reencontro com o meu efectivo ou potencial melhor ou mais positivo pessoal, humano, vital e universal próprio. Ainda que no caso de possível positiva e equitativa admiração da Maitê relativamente a mim, não poderia ser conquistada com base na minha beleza física/estética que em absoluto e pela vertente masculina não se equivale á equitativa beleza física/estética da Maitê pela vertente feminina. Para além de que beleza física/estética, pelo menos a meu ver e sentir, a Maitê possuía ainda beleza interior, desde logo como e enquanto actriz _ não que tenha necessária ou literalmente de ser assim, mas eventual e ao menos parcialmente sê-lo-á! De entre o que se eu queria ou necessitava mesmo equivaler-me global e substancialmente ao que no caso concreto a Maitê suscitava em e sobre mim, teria sempre de o fazer a partir do meu mais profundo e substancial interior, pois que com unilateral ou essencial base na minha aparência exterior estava derrotado desde logo e á partida. Não só porque e repito: o meu exterior não está á equitativa altura do exterior da Maitê, mas também e acima de tudo porque o exterior enquanto tal é suficiente ou mesmo demasiado volátil, efémero, ilusório ou traiçoeiro em e por si só.

Resumidamente e como dalgum modo também já referido atrás, mas com algumas variações reafirmo que: aquém e além de tudo o aqui exposto, é e está a globalidade da minha existência que _ creio _ como qualquer outra, tem tanto de objectivo e concreto, quanto no meu caso pessoal concreto outro tanto ou até muito mais de subjectivo e interpretativo. Além ainda de que por si só e apesar de ou até por tudo, é uma existência objectiva e necessariamente mais extensa, complexa, diversa e variada do que e como o aqui exposto e que em qualquer dos casos não cabe no presente contexto _ salvo no simples facto de eu escrever enquanto tal ou respectivamente no que eu escrevo e venha a escrever mais neste meu presente blog, ou não?! Inclusive e paradoxalmente escrevendo eu também como e enquanto rotundo fracassado escolar e global fracassado vital dum modo geral _ salvo ao nível da mais básica e elementar subsistência e/ou desta minha por si só pró vital, sanitária ou subsistente necessidade de escrever!

Ah! E por si só em linguagem nada digna, a pressupor ofensa do ponto de vista sexual e financeiro, seguramente como reflexo dum global contexto sócio/cultural materialista em que quase tudo começa e termina reduzido a sexo e a dinheiro e/ou a olho por olho e dente por dente, sem mais; alguém me acusou de estar a defender a Maitê, em mesmo dito espaço de comentários ao post: “Minhas desculpas aos portugueses” no blog da própria Maitê. Designada e anonimamente escrevendo esse alguém algo que se bem recordo e até para ilustrar minimamente o que por ali se escrevia, no caso concreto enquanto objectivamente dirigido a mim mesmo, foi algo que se resume a: _ “barão? Segura aqui no meu p…, com a tua mão. Defender putas não dá dinheiro”. Sem responder objectivamente a esta excelsa e rudimentarmente ofensiva entidade anónima, mas aproveitando a sua referência a mim mesmo, até para exercitar raciocínio diria que: _ Não sei se e/ou até que ponto defendi ou não a Maitê!? Mas além de que procurei ser o mais criticamente positivo relativamente á Maitê, de resto creio que não a defendi em absoluto. Até porque nem sei se a Maitê quer ser defendida, por quem, por quê, para quê, relativamente a quê ou a quem quer ser ou não defendida. Pode até ser relativamente a mim, que também escrevi a criticá-la, tanto mais se auto identificando-me, num contexto em que anónimas figuras escreveram linguistica e substancialmente autenticas barbaridades sem se identificarem. Respectiva e mesmo que só indirecta e subjectivamente, o facto é que enquanto identificando-me a mim mesmo no que escrevi, acabei dalgum modo por representar muitas pessoas que por lá escreveram, mais do que as mesmas a si próprias _ enquanto anónimas! Além ainda de que para eu defender pessoalmente quem mais quer que seja, no caso a Maitê em concreto, dependeria sempre duma série de circunstanciais factores da minha parte e da parte da outra pessoa ou pessoas como por exemplo da minha objectiva ou absoluta capacidade, disponibilidade e/ou motivação para defender quem quer que seja relativamente ao que ou a quem mais quer que seja e respectiva necessidade ou disponibilidade doutrem, no caso concreto da Maitê para aceitar ou solicitar a minha defesa ou não. Que em qualquer caso tudo isso implicaria e implica ainda respeito próprio, pelo próximo e pela própria vida, que inclusive muitas das pessoas que escreveram, mais que a criticar, mesmo a atacar ofensivamente a Maitê, o Brasil e os brasileiros não demonstraram ter por si mesmas, desde logo como portuguese(a)s, ao fazerem ataques verdadeiramente indignos e anónimos em suposta defesa e nome de Portugal e dos portugueses. Pelo que por mim mesmo e de todo mais que defender a Maitê, se algo ou alguém procurei objectivamente defender e fazendo-o de forma criticamente pró positiva e responsavelmente auto identificada, foi precisamente também procurar honrar e defender Portugal e os portugueses, a começar e terminar em e por mim mesmo, num contexto em que parece que mais do que alguém estrangeiro ter ofendido Portugal e os portugueses, eram e foram já os próprios e/ou ao menos alguns anonimamente supostos portugueses a faze-lo com contra-ataques em linguagem na melhor das hipóteses profundamente primária, ordinária e rudimentar, relativamente á Maitê, ao Brasil e aos brasileiros modo geral.

No fundo a Internet permite tudo isto, o que eventualmente não é mau, nem bom; mas tão só e por vezes o reflexo de muitas realidades escondidas, que acabam por se revelar, inclusive não raro e lamentavelmente por detrás do anonimato. Mas que enquanto tal acabam por nos comprometer duma ou doutra forma a todos. Desde logo a começar e terminar pelo que eu próprio aqui escrevo, salvo que ao auto identificar-me responsável e consequentemente como autor do mesmo e até por isso, por e para comigo próprio, espero que o mesmo me comprometa ou se acaso nos comprometa positivamente!

Sendo caso para dizer: _ Meu Deus, para além das minhas racionais, intelectuais e substanciais limitações próprias, desde logo objectiva ou subjectivamente por mim auto assumidas e que por si só me fazem sentir e até constatar o quanto estou longe duma verdadeira e plena racionalidade, sabedoria e inteligência universal; no entanto ao ler o que algumas outras pessoas escrevem, dizem e/ou fazem, chego a sentir-me verdadeira, racional e universalmente sábio e inteligente, ainda que no caso com a deprimente angustia de saber que o não sou de facto, de forma linear, corrente e coerente. Com ressalva de que procuro constante e permanentemente fazer algo para o ser, mesmo que eventualmente jamais alcance tal desígnio em toda a sua linear e coerente plenitude _ salvo ao nível de auto assumir essa inevitável eventualidade!…

Em definitivo, eventual ou seguramente felizes são os que ignoram!

Atenção: Especialmente aos absolutistas que só conseguem perspectivar a vida dum ponto de vista unilateral próprio e/ou a partir do presente momento; mas o escrito atrás deve ser contextualizado espacial, temporal, social, cultural, familiar e pessoalmente desde logo no que a mim próprio se refere e à altura dos factos relatados. O que no mínimo exige alguma empatia exterior relativamente a mim e/ou ao que atrás escrevi. Empatia que não exijo, mas quem a não conseguir, salvo motivo de força maior tão pouco deve esperar a minha maior ou absoluta atenção ou consideração!

Publicada por Victor Barão em 21:51 0 comentários
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terça-feira, dezembro 08, 2009

Até sempre

Após ter postado quatro vezes de forma tão impulsiva quanto indecisa neste blog de minha autoria e manutenção própria. Bastou uma primeira e única reacção, no caso correctiva de alguém acerca de quem escrevi, para me fazer decidir pela vertente indecisa enquanto autor dum blog próprio. No caso levando-me a apagar todos os post's por mim entretanto criados e em algum caso editados e reeditados, salvo aquele em que fui corrigido "Auto abandono e reencontro" e mais este que estou a criar como despedida enquanto bloguer!

Ainda que após sacrificar amores e paixões, por não saber ou temer expressar o que penso e o que sinto, a vida apresentou-me a possibilidade e/ou mesmo impôs-me a necessidade de escrever, diria que como meio e forma de expressão e de existência própria. Pelo que não posso, não quero, nem vou deixar de escrever em absoluto e/ou como meio e forma de expressão e de existência própria. Mas como desde globalmente sempre ou desde que há anos comecei originalmente a escrever, para tão só necessitar sobreviver, continuarei a faze-lo básica e essencialmente em intimista ciclo fechado de e para comigo mesmo. A partir do que pode que algum dia volte a expor o que escrevo, de forma mais objectiva do que impulsiva e mais segura do que indecisa. Caso contrário pode ainda que o que eu escrevo fique parcial ou absolutamente para a posteridade, pelo menos imediatamente para além da minha existência própria, aquém ou além da positiva, vital, universal ou absoluta utilidade do mesmo para quem mais quer que seja ou não?!

Entretanto até sempre!

domingo, dezembro 06, 2009

Auto abandono e reencontro

Apesar de ter um blog próprio, não sou grande seguidor disto da Net. Pois por aqui é tudo demasiado fácil, demasiado acessível, quase literalmente ao alcance dum simples endereço e dum ou dois meros clic’s. Quando por regra a mais pequena causa ou objectivo, custa-me um esforço enorme, a começar e terminar por me manter minimamente á tona da vida. Por exemplo eu que gosto muito de música, mas por diversos motivos, como prosaicamente económicos e/ou mais subtilmente porque sou muito ecléctico ao nível de gostos musicais, de entre o que jamais fui de investir muito em suportes musicais de e para autónomo consumo próprio. E respectivamente não tendo corrente ou mesmo quase absoluto acesso a muitos músicos, cantores, compositores ou grupos de que gosto, como entre muito(a)s outro(a)s, recordo por exemplo a sob todos os aspectos extraordinária Lara Li que eu há anos não via, nem ouvia e mas que vim (re)descobrir algumas coisas suas na Net, num misto de profunda satisfação, mas também de estranheza pela facilidade de agora poder aceder a algo que me habituei há muito a manter na semi objectiva ou subjectiva caixinha das recordações. Por outro lado e mesmo quando sou eu próprio a dar ou procurar dar de mim mesmo relativamente á Net (ao exterior), até porque muitas vezes ao não ter acesso ao que ou a quem gosto externo a mim próprio, ainda que dalgum modo inspirado por e para com esse mesmo exterior acabe por procurar o que gosto no mais íntimo de mim mesmo. De entre o que por exemplo nasce, cresce e vive esta minha necessidade de escrever, que agora também exponho na Net. E precisamente ontem, quando na minha semi insegurança e perfeccionista auto exigência, naturalmente revia e corrigia o post imediatamente anterior: Parecer individual, estando já muito global ou mesmo profundamente satisfeito com este ultimo, inclusive sentindo-me em muito significativa paz comigo em sequência de escrever e compôr o mesmo, no entanto em sequência dum qualquer problema no processo, não só não me permitiu publicá-lo ou guardá-lo respectivamente como post ou como rascunho no meu blog, como até acabei por perder as alterações que havia feito no mesmo, inclusive para com um outro titulo. No caso eram alterações que na sua forma minuciosa e conteúdo de geração espontânea, eram irrepetíveis porque o espaço, o tempo e a circunstancial sequência que natural e inspiradoramente levou ao mesmo, eram já irrepetíveis em si mesmas. Acabei então por regressar atrás, ainda que introduzindo rebuscadamente alguns pormenores do que imediatamente antes perdera, o facto é que acabei desiludido, frustrado, insatisfeito comigo mesmo, com o computador, com a Net, no fundo com a vida. E após uns momentos de divagação, de zapping televisivo, de um passeio com a minha cadela: Boneca, o facto é que acabei regressando á Net, no caso para me abstrair no que outras pessoas por cá produzem, desde logo a começar pelos blog’s que estou a seguir no meu próprio blog, como: Interludio-anoII, ou Rara Avis e a partir dai de link em link deixei-me levar, chegando a blog’s como por exemplo um bastante belo de conteúdo erótico, da mesma autora Flor de Interludio-anoII, de seu titulo: À Meia Luz. Mas a partir do que numa crescente e impulsiva espiral, até para procurar compensar a minha insatisfação com o que perdera anteriormente enquanto escrito por mim mesmo, acabei por no caso me deixar levar pela volúpia e de link em link de conteúdo erótico cada vez mais pesado, acabei por entrar madrugada dentro. Terminando a noite com um agridoce sabor de boca ou de corpo e de espírito, inclusive quase sem carga na minha Internet pré-paga.

Esta manhã acordei, como que ressacado duma espécie de auto abandono, no caso não alcoólico, até porque não gosto do efeito do álcool, mas sim de sensualidade e volúpia virtual. E em natural e espontânea sequência acabei inspirado ou impulsionado a escrever o presente. Como que num processo existencial que sigo há anos, como seja auto abandonando-me, designadamente ás minhas próprias ilusões e/ou desilusões, para me reencontrar um pouco mais à frente na ressaca das mesmas ou do abandono ás mesmas!…

Procurando o mais possível não prejudicar outro(s) alguém(s) pelo caminho, até bem pelo contrário e em conclusão procurando ser positivamente útil ao maior numero de pessoas possível _ que se for uma só já será muito bom. E modéstia á parte, até porque neste caminhar já magoei ou na melhor das hipóteses desiludi algumas pessoas de forma vã, inclusive pessoas de quem eu muito gostava e/ou gosto duma ou doutra forma e como tal senti empaticamente o retorno dessa mágoa ou desilusão sobre mim. Mas até em sequência da e para com a minha auto sobrevivência a tais factores, creio já ter sido objectiva ou na pior das hipóteses subjectivamente útil a algumas dessas mesmas ou outras pessoas!…

No caso concreto espero que o presente, até como sequência do meu espontâneo auto reencontro, após o meu respectivo auto abandono da noite de ontem, acabe por ser mínima e inspiradoramente positivo a outro(s) alguém(s)! Ao menos a mim, é-me pró vital, sanitária e subsistentemente providencial!…